Bacias Hidrográficas

Bacias Hidrográficas

Bacias HidrográficasSão regiões geográficas formadas por rios que deságuam num curso principal de água.

Os rios têm grande importância econômica; eles irrigam terras agrícolas, abastecem reservatórios de água urbanos, fornecem alimentos e produzem energia através das hidrelétricas. O transporte fluvial também tem grande importância e é muito utilizado em razão da economia de energia e grande capacidade de carga dos navios.

A produção brasileira de energia em 1997 é de 185.961.000 tep (toneladas equivalentes de petróleo), enquanto o consumo total é de 227.279.000 tep. O déficit de 41.318.000 tep é suprido com importações. A produção nacional concentra-se em energia primária renovável – energia hidráulica, lenha e derivados de cana-de-açúcar – que alcança 70,7% do total. As formas de energia primária não renovável, que incluem petróleo, gás natural, carvão, urânio (U308), são responsáveis por 29,3% da produção interna. Processada em hidrelétricas e refinarias, a energia primária transforma-se em eletricidade, gasolina, óleo diesel etc.

Cerca de 97% da energia elétrica produzida no Brasil é gerada em hidrelétricas. Somente a Bacia do Prata possui cerca de 60,9% das hidrelétricas em operação ou construção. O país aproveita, no entanto, apenas uma pequena parte do seu potencial hidráulico. De 127 mil Mw/ano de capacidade estimada, apenas 32,2 mil Mw/ano são produzidos. O alto custo de construção de uma usina, somada aos problemas sociais e ambientais decorrentes do alagamento de grandes áreas, desestimula a instalação de novas hidrelétricas. A região amazônica é o exemplo mais claro dessa dificuldade. Apesar de ter o maior potencial hidrelétrico do país, seus rios são pouco apropriados para a construção de usinas por correrem em regiões muito planas, que requerem o alagamento de áreas mais extensas. A Usina de Balbina, no estado do Amazonas, precisou inundar 2.360 km² para produzir 250 mw de energia. Já a Usina de Boa Esperança, no Piauí, localizada em terreno mais adequado, alagou apenas 352,2 km² para gerar energia equivalente.

Bacia do Rio ParaguaiBacia do Rio Paraguai

O rio Paraguai nasce no estado do Mato Grosso, desloca-se para o sul, recebendo vários tributários, principalmente do lado leste, até desembocar no rio Paraná. A precipitação média anual é de 1700 mm na parte alta da bacia e de 1100 mm na região do pantanal, uma extensa planície de 180.000 Km², a oeste do estado do Mato Grosso. A declividade dessa planície é de aproximadamente 40 cm/Km de leste a oeste e de 2cm/Km de norte a sul. Os rios da região têm capacidade de suportar as descargas médias, mas durante fortes cheias alaga-se uma área de aproximadamente 30.000 Km². As enchentes ocorrem na região do alto curso da bacia, provocadas pelas fortes precipitações, propagando-se para a região do pantanal. O lento escoamento das águas no pantanal e a complexa combinação das contribuições de cada planície, funcionando as lagoas e baias como reguladores, recebendo água na elevação do nível e cedendo na recessão, levam as cheias do rio Paraguai a se propagar durante vários meses do ano, a jusante. Ocorrem enchentes locais em diversas regiões, ao longo do ano, dependendo do regime de chuvas. Na região entre Cáceres e Cuiabá, o trimestre mais chuvoso estende-se de janeiro a março, com ocorrência de níveis elevados em março. Na sub-bacia do Miranda, o trimestre mais chuvoso estende-se de dezembro a fevereiro, com ocorrência de níveis elevados em fevereiro. Em Cáceres, as cheias ocorrem entre fevereiro e março, com águas escoando para jusante e recebendo contribuições intermediárias até alcançar Corumbá entre maio e junho, e Porto Murtinho, entre julho e agosto. De Bela Vista do Norte até deixar o território brasileiro, na foz do rio Apa, o rio Paraguai apresenta uma hidrografia de enchente muito uniforme, com apenas um pico anual, próximo a Forte Coimbra. A partir daí até a confluência do rio Apa, podem ocorrer pequenos picos devido a contribuições locais.

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